31.12.07



2008: que se encontre tempo e espaço para a invenção, para a criatividade e para a ousadia.

16.12.07

o futsal salva-me o benfica!

10.12.07



a vivien vyle é um amor. a vanessa fernandes também. são dois amores.

6.11.07



mais um grande joaquim furtado

21.10.07

onde anda o amor?

14.10.07



bom dia
bom dia

30.6.07



O facto é um só, mas a sua leitura é múltipla. Donde resulta a importância de abrir a imaginação a outras representações, tanto do passado como do futuro.

23.6.07



vai rija a festa

foguetes, berros, cantigas, estrondos, cães assustados, adolescentes imitando claques de futebol, raparigas correndo atrás de rapazes, fogo de artifício...

19.6.07



danço eu contigo, chavela vargas:
os gestos lentos, os lábios na máxima
concentração dos passos em busca de ti.

dás-me os dedos pequena chavela
e eu agarro toda a minha vida,
volteio que um sorriso excedi,
giro e giro e desamparo.

11.5.07



corredor

a meninice é uma narina atenta ao ar quente da noite, maneira de seguir acidentais palavras, pequenos conjuntos de palavras que formem uma particular co-essência. o encontro com a crença funda o hábito de pensar, de não vergar à diminuída condição humana. a meninice é um corredor.

6.5.07



acontece-me - poucas vezes - acordar a meio da noite e escrever. a última vez foi assim:

os amigos acham que perdi o brilho;
ou mo dizem na cara
ou sentem-no na pele.

25.4.07

nasci no verão de 73, altura em que se começaram a desenvolver as estratégias que viriam a culminar no 25 de abril, 9 meses depois. sou um filho da revolução. sou da liberdade. obrigado mais uma vez capitães de abril. obrigado salgueiro maia.

11.4.07



ir ao parque ler o jornal com
o calor das onze horas, estender
o lápis pelo papel, adiar o começo
do dia e a noite

lenta e volumosa, logo da luz própria
vestida, a jorrar directrizes
angulosas difíceis de apanhar.

voltar pelos juvenis campos e lembrar
de ser pássaro, afinar a garganta e
voar.

10.4.07



- e agora?
- eu cá desisto.
- ...?
- deixo-me, fico-me, ouço, permito, olho, vejo, disfarço! viro-me, abano a perna, percebes!?
- o que que queres beber?
- bebo de tudo; como também. tudo. e bebo. um whisky, talvez.
- tens saído à noite?
- pouco. o àlvaro anda estranho.
- ...?
- e o brito sempre a resmungar, que não é nada disso e não sei quê, ora foda-se!
- mas és um noctívago, eu sei...
- ui!... tá certo!... mas só aturo quem quero. aliás, nem sempre apetece ver gente. tenho um grande aquário e passo horas a admirá-lo. e às minhas plantas.

2.4.07

menos de duas mil pessoas tentaram estragar a noite. aborrecidos com o local que lhe se lhes destinou no estádio, os mais violentos destes, os mais alarves e selvagens, atiraram vários petardos sobre os adeptos indefesos que se situavam nas bancadas imediatamente abaixo. ao rebentamento de um proibido e perigoso petardo sucedeu-se o rebentamento cadenciado de diversos outros, gerando naqueles que iam apenas ver um jogo de futebol, um sentimento de medo, de insegurança e de revolta que não pode voltar a acontecer. A polícia não previu devidamente os riscos inerentes? talvez. mas isso não desresponsabiliza os actos cometidos. essas bestas mal comportadas, protegidas cobardemente pelos seus dirigentes, não devem voltar a colocar os seus pés (a sua falta de civismo, a sua delinquência) nos recintos desportivos. nunca mais na catedral.

28.3.07



e lá se foi

dissecado o parreco, anuncio outros dias: acordo cedo, de manhã, e amanho-me vitorioso e reclamante de taxas de regulação e supervisão mas afinal não. alimento-me bem, faço a barba ao fim da tarde e suponho-me pronto ao carácter da minha evolução.

24.1.07



intervalo

não digo que mato o hiato, digo que esfolo o miolo, esfarrapo o parolo, disseco o parreco, dissemino o menino, enfim, vou ali e já venho.