17.3.04



CHOVE NA CIDADE DOS PINTORES

chove na cidade dos pintores que enlouquecem pelas ruas brandindo cálices desatinados e oblíquos. é já certo que o mar dista vários quilómetros de terra húmida, asfalto roto. longe da vista, longe do esquecimento: os pintores e os poetas precisam da água salgada a correr no sangue, as algas e os líquenes em dizeres absolutamente estudados, a fugir das memórias, a lembrar a chuva na cidade dos pintores que enlouquecem pelas ruas.

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