20.4.04
quero escrever, só quero escrever
como há já muito me não acontecia: tudo arde!
primeiro vem a névoa que logo se adensa
depois a vertigem e um cansaço quase tiro
na nuca que é como quem refere a percepção
absoluta da vida a esvair-se, a puta
da vida a caminhar rasteira e comezinha..
caminhasse eu pelas ruas anoitecidas e inverificáveis,
torcesse eu as tripas e delas fizesse poesia e meia
horita me bastasse para a acidental ligeireza
ser vertical cumprimento de olhos que se olham há já muito
ah, se eu não aparecesse para jantar e logo partisse
e logo me encontrasse e reparasse que isto se dá e dá-se
para logo se não dar...
uns dias mais disto e invento o raio da invisibilidade!
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