26.2.08



é aquilo um "professor revoltado"? que vergonha!

10 comentários:

João Feijó disse...

Toda a gente tem um dogma. O meu é o cepticismo político. O teu é ser socialista. Sociologista de "esquerda". Mas "moderna" ou caviar?

mds disse...

que sabes, meu amigo, acerca dos meus dogmas? pouco, convenhamos. aquilo era sobre educação, ou melhor, sobre um tipo (que entretanto admitiu ter mentido) que vociferou contra tudo e todos, num programa de tv.

João Feijó disse...

Meu querido amigo,

A questão não é se eu conheço os teus dogmas. A questão é se tu próprio os (re)conheces e se terias exactamente a mesma opinião se não estivesse no governo o partido “socialista”. Se esta ministra com um rótulo PSD (“social democrata” com as devidas aspas) seria uma convicta reformadora ou uma arrogante inflexível.

Quanto ao “professor revoltado” acho todo o assunto deprimente. Felizmente não dou para o peditório. Mas eu não lhe chamaria “professor” (no sentido pedagogo) mas sindicalista. Foi demagogo, mentiroso e barulhento? Foi político. É esse o seu maquiavélico papel à porta do ministério ou em qualquer programa da TV. Mas não é legitimo que um grupo profissional defenda os seus direitos e privilégios? Embora, convenhamos, implementar um processo de avaliação de desempenho no final do ano lectivo não deixa de ser problemático; o mesmo em relação ao critério de avaliação através do número de não reprovações, que muitas vezes advém dos diferentes capitais escolares que os alunos trazem de casa e que se repercutem nas notas médias de escola para escola, que passarão a reflectir-se na “qualidade” do desempenho dos professores. Consequências? É uma pergunta pertinente. Não há processos de avaliação de desempenho perfeitos e por isso importa discuti-los e (re)adaptá-los. A isso chama-se concertação social. E quando há contestação (ainda que demagógica e barulhenta) há negociação, o que significa simplesmente que a Democracia está viva. Olha, é o pior sistema político, exceptuando todos os outros…

Um abraço saudoso!

mds disse...

se achas o assunto deprimente, não percebo tanto palavreado. não posso eu achar vergonhoso que um tipo minta descaradamente num debate público, em nome de uns quantos professores, ajudando assim a descredibilizar a classe? e quantas conversas tivemos nós sobre todo este assunto para julgares que conheces a minha opinião? eminente sociólogo, do teu confortável "cepticismo político" atiras-me, a ver se cola, interesses ou simpatias partidárias insanáveis. não cola. partidarizar a educação, como aparentemente o fazes (por interposta pessoa), não é o meu caminho.

João Feijó disse...

Amigo,

Qualquer política (leia-se política) educativa pressupõe uma concepção ideológica (logo política) do Estado e da sociedade, da escola, do cidadão ou (do exercício) da cidadania. Portanto, como é possível, numa democracia parlamentar, não se "partidarizar a educação"?

O discurso do “em primeiro lugar estão os alunos” é usado como argumento (político) por todos aqueles que têm interesse neste processo: pelos pais que têm os seus filhos na escola; pelos docentes que têm as suas rotinas de trabalho, que temem a não progressão na carreira ou que simplesmente discordam com a avaliação; pelos dirigentes da FENPROF que têm que justificar as quotas pagas pelos professores sindicalizados; pela ministra da educação que não quer sair derrotada da negociação; pelos militantes do partido no poder e na oposição; até pelo comentador pretensamente "desinteressado" e "isento" na análise. Para além de oco e vazio, este discurso pretensamente responsável procura apenas disfarçar interesses e valores pessoais, familiares, profissionais, políticos, etc. Não passa de retórica. Demagogia.

PS. Insisto: não chames sociólogo a qualquer um assim por dá cá aquela palha, pelo menos por estas banalidades que deixo para Aqui escritas. Um abraço!

mds disse...

Não! Quem insiste sou eu: não sou socialista! Chamo-me Miguel.

mds disse...

e digo-te mais: este não é o espaço para mais dissertações.

mds disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
João Feijó disse...

- "acalma-se assim a capacidade de duvidar e de reflectir. e o pensamento e entendimento demorados, difíceis"

- " este não é o espaço para mais dissertações".

Afinal em que ficamos?

mds disse...

pensei ter sido claro. escrevo o que quero, quando quero, como quero. a esgrima fortalece o corpo e o espírito, mas prefiro outros desportos. ponto final.